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18 de Abril de 2024

Ministério Público investiga Lula por tráfico de influencia com empreiteira Odebrecht, segundo revista Época.

Os crimes de Lula, segundo o Ministério Público Federal

Publicado por Rosane Monjardim
há 9 anos

Ministrio Pblico investiga Lula por trfico de influencia com empreiteira Odebrecht segundo revista poca

O Ministério Público abre investigação contra Lula por tráfico internacional de influência. O ex-presidente é suspeito de ajudar a construtora Odebrecht a ganhar contratos na América Latina e na África com dinheiro do BNDES.

A informação está na capa da revista Época, antecipada pelo editor no Twitter. O título da matéria bombástica é “Lula, o operador”.

É a primeira vez que Lula é formalmente investigado.

O Ministério Público Federal acredita haver indícios de crime nas atividades de Lula a serviço da Odebrecht, uma construtora com receita anual de cerca de R$ 100 bilhões.

A investigação contra o ex-presidente por tráfico de influência internacional e no Brasil foi aberta há uma semana pelo núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília, como revelou a revista Época.

Eis o resumo do processo:

“TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. LULA. BNDES. Supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BNDES”.

Os procuradores enquadram a relação de Lula com a Odebrecht, o BNDES e os chefes de Estado, a princípio, em dois artigos do Código Penal, segundo a revista.

O primeiro, 337-C, diz que é crime:

- “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”.

O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional.

O segundo crime, afirmam os procuradores, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES.

“Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)”, diz o documento.

A maioria das viagens de Lula nos últimos anos foi bancada pela Odebrecht, a campeã, de longe, de negócios bilionários com governos latino-americanos e africanos embalada por financiamentos do BNDES.

O BNDES financiou pelo menos:

- US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma.

- US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana – sempre bancado pela empreiteira.

- 42% do total de US$ 848 milhões recebidos pela Odebrecht em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior.

Como diz a revista:

“Há anos o banco presidido por Luciano Coutinho resiste a revelar os exatos termos desses financiamentos com dinheiro público, apesar de exigências do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União e do Congresso. São o segredo mais bem guardado da era petista.”

Os procuradores enquadram a relação de Lula com a Odebrecht, o BNDES e os chefes de Estado, a princípio, em dois artigos do Código Penal. O primeiro, 337-C, diz que é crime “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”. O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional. O segundo crime, afirmam os procuradores, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES. “Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)”, diz o documento.

A investigação do MPF pode envolver pedidos de documentos aos órgãos e governos envolvidos, assim como medidas de quebras de sigilos.

Nas últimas semanas, a revista obteve documentos oficiais, no Brasil e no exterior, e entrevistou burocratas estrangeiros para mapear a relação entre as viagens internacionais do ex-presidente e de integrantes do Instituto Lula com o fluxo de caixa do BNDES em favor de obras da Odebrecht nos países visitados. A papelada e os depoimentos revelam contratos de obras suspeitas de superfaturamento bancadas pelo banco estatal brasileiro, pressões de embaixadores brasileiros para que o BNDES liberasse empréstimos – e, finalmente, uma sincronia entre as peregrinações de Lula e a formalização de liberações de empréstimos bilionários do banco estatal em favor do conglomerado baiano.

A Odebrecht tem receita anual de cerca R$ 100 bilhões. É uma das principais empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de pagamento de propinas na Petrobras. Segundo delatores, a construtora tinha um método sofisticado de pagamento de propinas, incluindo remessas ao exterior trianguladas com empresas sediadas no Panamá. A empreiteira, que foi citada pelo doleiro Alberto Youssef e por ex-funcionários do alto escalão da Petrobras, nega as acusações.

Segundo a reportagem, o "MP identificou um padrão: o ex-presidente Lula viajava bancado pela Odebrecht; dava palestras e se encontrava com o presidente do país em questão; o BNDES liberava recursos para obras no país; o governo do país contratava a Odebrecht para tocar as obras", diz a revista.

Nesses quatro anos, diz a reportagem, Lula viajou para cuidar de seus negócios para países como Cuba, Venezuela, Gana, Angola e República Dominicana, a maioria dessas viagens bancada pela Odebrecht, segundo a revista a campeã de negócios bilionários com governos latino-americanos e africanos com financiamentos do BNDES. O banco, diz a reportagem, financiou ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos da empreiteira nesses países durante os governos Lula e Dilma Rousseff.

Para o MP, Lula exerceu nesse período influência junto ao governo federal para obter contratos para empreiteiras de grande porte do país para obras nesses dois países. "Usou o prestígio político para, em cada negócio, mobilizar líderes de dois países em favor do cliente, beneficiado em seguida com contratos governamentais lucrativos. Lula deu início a seu terceiro mandato. Tornou-se o lobista em chefe do Brasil".

Segundo a matéria efetuada, o "MP identificou um padrão: o ex-presidente Lula viajava bancado pela Odebrecht; dava palestras e se encontrava com o presidente do país em questão; o BNDES liberava recursos para obras no país; o governo do país contratava a Odebrecht para tocar as obras".

O BNDES financiou pelo menos:

- US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma.

- US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana – sempre bancado pela empreiteira.

- 42% do total de US$ 848 milhões recebidos pela Odebrecht em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior.

Como diz a revista:

“Há anos o banco presidido por Luciano Coutinho resiste a revelar os exatos termos desses financiamentos com dinheiro público, apesar de exigências do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União e do Congresso. É o segredo mais bem guardado da era petista.”

Será que depois de exposta toda essa podridão, irá o ex-presidente em sua "amnésia seletiva" ter a coagem de dizer que de nada se lembra, ou mais uma vez nada sabe?

Conseguiremos ver a Justiça triunfar, e pela primeira vez em toda a história de nosso País, conseguir colocar um ex-presidente vendo o sol nascer quadrado? Torço por isso.

Fontes: Folha de São Paulo, Veja, Época.

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Os poderosos querem inventar mentiras pra tirar o PT do poder. Tá na hora do povo e do PT se aliar com outros países para se prevenir contra esses golpes da extrema direita. continuar lendo

É o medo que eles têm de Lula em 2018. Quanto ao Ministério Público também pratica Tráfico de Influência dando créditos aos lixos impressos das Revistas Veja e Época. É um meio de se obter para partidos de oposição para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem e dividendos em futuras eleições. Quem não sabe que o MP é tucano. Perguntem quantos tucanos foram presos nas últimas décadas apesar das denuncias. Está na Wikipédia: Enquanto procurador-geral da república do governo FHC, Geraldo Brindeiro foi fartamente criticado por sua inação. De 626 inquéritos criminais que recebeu, engavetou 242 e arquivou outros 217. Somente 60 denúncias foram aceitas. As acusações recaíam sobre 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e quatro ao próprio presidente FHC. Por conta disso, Brindeiro recebeu o jocoso apelido de "engavetador-geral da república". Entre as denúncias que engavetou está a de compra de votos para aprovação da emenda constitucional que aprovou a reeleição para presidente, beneficiando o então presidente Fernando Henrique Cardoso. continuar lendo

O tráfico de influência em transação comercial internacional pressupõe que a vantagem ou promessa tenha ocorrido a "pretexto de influir" em ato praticado por funcionário. Há uma venda de "fumaça", isto é, a influência não existe e o sujeito recebe a vantagem alegando exercer a influência sobre o funcionário. Se o agente realmente exerce uma influência sobre o funcionário, ou seja, não vende uma "fumaça", não há o crime de tráfico de influência. Está evidente a má fé no sentido de desprestigiar o ex-Presidente Lula, visando a uma eleição futura. Tá na cara! Se o Lula realmente agiu para favorecer a Odebrecht, não há crime. Ele é um cidadão comum. continuar lendo

A questão toda é: são funcionários públicos estrangeiros e, logo, o crime contra a administração pública no Brasil não se configuraria e a justiça brasileira seria incompetente. Ele poderia, em tese, ser acusado lá fora em um país onde a conduta fosse crime. Nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Suíça, por exemplo, não seria. Aliás, o que mais se vê são figuras com prestígio que se encarregam de conseguir bons negócios para empresas de seus países. Ainda não achei cabelo nesse ovo. E me preocupa muito essa sanha em querer acusar um aqui e achincalhar o outro ali, e crime aqui, e crime ali. Está se tornando algo kafkiano.

Eu vejo o momento como algo muito preocupante. A mídia alienada, imersa nessas questões intestinas irrelevantes. Fiquei abismada ontem ao ver um canal de tv, enquanto os mercados afundavam no mundo inteiro e o petróleo era cotado a 38 dólares, mostrar por horas e horas a CPI da Petrobrás. Alguma espécie de raio cósmico, ou alguma coisa na água, ou a falta d'água está deixando as pessoas bêbadas, dopadas, completamente fora da realidade. Vai haver uma corrida do dinheiro para fora dos BRICS, por causa da crise chinesa e da crise Russa e da nossa crise política. Dinheiro não gosta de lugares intranquilos e nós vamos pagar o preço por essa idiotice toda. continuar lendo